Os primeiros drones surgiram em meio a conflitos, sendo utilizados como arma pela Alemanha para ataques, defesas e até mesmo espionagem. Entretanto, o modelo atual surgiu em 1977 com o israelita Abe Karem visando o desenvolvimento de aeronaves seguras e não-tripuladas [1].
Posteriormente, o uso de drones foi disseminado para fotografias, filmagens, segurança, brinquedos, competições, entre outras aplicações, com opções e custos diversos. Entre as aplicações que já são realidade com drones está o uso em sistemas fotovoltaicos.
Mas, você leitor pode perguntar, como posso usar na energia solar fotovoltaica?
Bem, aqui estão alguns usos:
1 – Projeto Fotovoltaico
Com drone é possível mapear a área que o cliente deseja implementar o sistema fotovoltaico, e até mesmo fazer levantamento topográfico com reconstrução tridimensional (3D). A Figura 1 mostra um exemplo de reconstrução 3D.
Figura 1. Reconstrução 3D de área com Drone [2].
Com a área mapeada, o projeto em softwares como PVsyst fica muito mais fácil e preciso. O mapeamento 3D é um processo simples e automático com o uso de softwares como o Litchi (software para controle automático do drone e mapeamento) e depois geração do arquivo 3D no Metashape.
Durante o mapeamento 3D diversas fotos são tiradas em vários ângulos pelo drone. Essas fotos irão compor uma nuvem de pontos para montar a superfície 3D em algum software como o Metashape. Posteriormente, o arquivo pode ser exportado para o PVsyst ou similar.
2 – Identificação de Defeitos/baixa geração: O sistema do seu cliente não está gerando o que deveria?
Você pode inspecionar por drone, sem precisar subir no telhado, e identificar o problema, seja um sombreamento, sujeira, desconexão, ou até mesmo, módulos danificados.
Com uma boa câmera, defeitos visíveis a olho nu podem ser descobertos por drone de maneira mais simples, rápida, fácil, segura e com baixo custo. Com o drone você não precisa de linha de vida, capacetes, várias pessoas, entre outras coisas quando se deseja estudar uma instalação com problema.
A câmera do drone pode também ser termográfica e já realizar testes mais complexos na instalação. Entretanto, para essa opção o custo ainda é elevado. A Figura 2 mostra módulos fotovoltaicos com pontos quentes que podem ser sujeiras ou células danificadas ou até mesmo parte de reflexo do sol, e um módulo com diodo de by-pass danificado (isso é observado por uma única fileira de cor mais clara que as outras).
Figura 2. Exemplos de resultados de testes termográficos com drone [3].
3 – Facilidade para compartilhar projeto:
Quando a reconstrução 3D de um projeto é feita, fica muito mais fácil o compartilhamento para que outro profissional utilize o projeto com rapidez e precisão.
4 – Previsão de Sombras:
Com o drone é possível mapear a instalação em diferentes horários para evitar sombras e tomar decisão sobre alocação de módulos fotovoltaicos, sem precisar subir em telhado, e tendo uma visão mais ampla do local e arredores.
5 – Divulgação de Projetos:
Não podemos deixar de fora essa aplicação que pode alavancar suas vendas. Divulgação de vídeos feitos com drones das suas instalações fotovoltaicas poderão ajudar atrair mais clientes para sua base. Logo, investir em vídeos e edições desses vídeos é um ponto a mais em um mercado competitivo. Hoje, existem diversas empresas que já oferecem esse tipo de serviço.
Vejam um exemplo de projeto com imagens capturadas com drone Dji, enviado por Leonardo Oliveira. É importante destacar que a qualidade foi reduzida para adicionar no site.
Uma pergunta final que pode ser feita por você, caro leitor, é, qual drone posso comprar para isso?
Bem, as principais marcas em destaque são a DJI e Yuneec. Ambas apresentam drones de baixo custo até linhas profissionais. A primeira dica é procurar um modelo compatível com outros softwares não proprietários do drone, pois isso irá facilitar sua vida na hora de realizar mapeamentos. Um desses softwares é o Litchi. A segunda dica, é que o drone tenha uma excelente câmera, com resolução de pelo menos 4k (um adendo é que só essa resolução não quer dizer que o sensor da câmera seja bom). A terceira dica é o drone ter alguns sensores que evitem colisões.
Na linha DJI, os Mavics são os mais baratos com essas características (no Brasil o valor começa nos R$ 5.000,00 sem contar os acessórios), porém, algumas versões não são compatíveis com Litchi ou outros softwares. Na linha Yuneec, os Breeze são os da linha mais básica com características boas, entretanto, também deve-se verificar a compatibilidade com softwares não proprietários. Caso, o desejo seja testes termográficos o custo se eleva bastante, apesar dos drones serem geralmente modelos comuns dessas marcas, como DJI Phantom ou Mavic adicionado de uma câmera termográfica.
Referências
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